
Fechei os olhos enquanto ia embora. Já sabia aquele caminho de cor. Respirei fundo ou pelo menos tentei. Aquele ar era demasiado pesado para mim.
Deixei de acreditar nele e nas suas palavras que antes tinham um grande efeito em mim. Deixavam-me calma... Mas agora, não passavam de mentiras encaixadas umas nas outras.
Deixei de acreditar nele e nas suas palavras que antes tinham um grande efeito em mim. Deixavam-me calma... Mas agora, não passavam de mentiras encaixadas umas nas outras.
Nós voltamos sempre de alguma maneira. Quer mortos, quer vivos... nós voltamos sempre de alguma maneira.
E hoje não ia ser diferente. Eu voltava e ele recebia-me de braços abertos, com um grande sorriso falso estampado na cara...
Era verdade, ele esperava sempre por mim. Mas não porque me queria voltar a ver. Apenas porque simplesmente não tinha para onde ir, nem com quem ficar. Por isso, esperava-me.
E este reencontro tornou-se monótono e deixou de ter valor para mim. Sempre a mesma cara, sempre as mesmas cores...
Agora, já não o procuro. Tento fugir daqueles braços que me agarram com muita força por terem medo da solidão. Tento encontrar mais para além daquelas mesmas cores. Tão fáceis, tão vazias .Tento esquecer aquela cara e aquele sorriso desesperado por alguém.
Agora fujo à procura do não igual.
Fujo à procura de uma cor indefinida.