
Ela pode fugir de mim, muitas vezes...Vezes demais, até.
Ela pode esconder-se, gritar, implorar por ajuda.
Pode quase morrer, chorar lágrimas que transbordam medo ou até pode simplesmente ficar calada a um canto, à espera que tudo passe e vá embora com o vento. E esperar que a chuva lave todo este sofrimento.
E enquanto isso, eu vou esperar por ela.
Ficar a vê-la; ficar hipnotizada no seu olhar que fala por ela.
Eu vou apenas admirá-la. Como se fosse algo de muito belo e único. Mas ela é mesmo algo de muito belo e único.
Só vou ter com ela quando tiver a certeza que é isso que ela realmente precisa.
Só quando vir isso escrito na sua pele, entre todas as marcas de guerra.
Não quero ver uma lágrima. Apenas quero ver a lágrima que espera por mim; a lágrima que é única e exclusivamente minha. De mais ninguém.
Essa lágrima vem, contrastando com o seu espírito selvagem, orgulhoso, guerreiro e cheio de coragem.
Espírito esse, sem dono. Só dela e de muito poucos.
E quando essa lágrima vier...aí sim, vou-me sentir responsável por alguém. Com uma responsabilidade enorme, de abraçá-la e mantê-la nos meus braços até ela se sentir segura.
Quando essa lágrima vier, aliás...se ela se lembrar de vir, não vou fazer nada mais, nada menos senão limpar-lhe a cara e dizer que a amo.
Vou dizer "Chega de lágrimas. Eu estou aqui, irmã".
Amo-te.