quinta-feira, 28 de outubro de 2010

margaridas

Para a minha margarida preferida, que embora não tenha pétalas de cor, tem o maior coração do mundo.

Estou isolada e pensativa.
O céu está cinzento e eu estou cinzenta também. Preciso de cor.
Estava a pensar pôr uma margarida no meu quarto para me sentir melhor. Mas desisti da ideia, porque não sei sustentar nada nem ninguém.
Ainda respiro enquanto posso, mas a minha alma desfalece aos bocados sempre que penso em margaridas.
Tenho saudades tuas.
Por isso, enquanto não me roubam o pensamento, o melhor é atirar esta mensagem para algum lado. E com muita esperança, espero para ver uma margarida decente, daquelas sem pétalas nem coisas foleiras. Daquelas que se sustentam sozinhas.
E talvez aí, a minha vida ganhe um pouco de cor.
Com amor, Catarina .

quinta-feira, 21 de outubro de 2010



Está um frio lá fora. Aquele tipo de frio que nos gela as mãos e o nariz, e que num instante, nos faz pensar em fogo ardente e confortável. Imaginamos as nossas mãos a aproximarem-se do fogo, enquanto ele queima e aquece as pontas dos dedos.
Sim, está muito frio lá fora. E era nisso mesmo em que a rapariga pensava à medida que ia caminhando.
Deixou para trás a sua casa, o sossego que lá fazia que a convidava a sentar-se no sofá grande e fofo. Deixou para trás a sua cama ainda por fazer e o cheiro a casa habitada.
Apertou o casaco o máximo que conseguiu e respirou aquele gelo, que outrora tinha sido um clima agradável de Verão.
A nostalgia percorreu-lhe o corpo.
A rapariga deixou para trás a sua casa, a sua cama ainda por fazer e o Verão que jamais esquecera.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

70 anos

"..you may say I´m a dreamer, but I´m not the only one."

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

filosofia do bem-estar

A filosofia procura sempre mais.
Estou farta de ouvir a professora a filosofar sobre coisas banais; do simples facto de estar a chover ou mesmo de estarmos infelizes ao ouvirmos as suas palavras inacabáveis.
A filosofia não me presta, para já. Se calhar por criticar a passividade, sendo eu uma pessoa passiva.
"Haverá vida depois da morte?" pergunta ela com esperança de ouvir uma resposta correcta vinda das nossas mentes vazias e imaturas. Não sei, mas posso esperar até morrer para o descobrir.
Sou uma mente não-filósofa, mas feliz.
Para quê contestar tudo se estou bem como estou ?
Não quero saber mais do que sei, por agora.
Estou numa zona de conforto e a mudança não me dá jeito, por enquanto.
Vou aproveitar o facto da minha ignorância me deixar ser feliz e confortável.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010