domingo, 20 de fevereiro de 2011

hoje estou assim

Suspiro. A única música de fundo é a chuva e o granizo a batalhar com os vidros.
Julgava que a felicidade dependia muito do clima, que o Sol lá em cima, era um grande condicionante da maneira como me sinto.
Parece que errei. De alguma forma, continuo a sorrir quando lá fora é bem reconhecível o Inverno que ainda permanece.
E o antídoto para discrepar a teoria do clima está comigo.
Hoje não dependo do céu. Nem muito menos de mim.
Deixo-me apenas levar pelas circunstâncias.
Suspiro só.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

let me know

Estava prestes a dizer-te que a distância continua a matar-me, embora eu sei que já me devia ter habituado a isso. Já passaram uns meses e prometi a mim mesma lidar com isto da melhor forma. Mas existe sequer uma boa forma ?
Estava prestes a dizer-te que te tento manter viva em mim, todos os dias.
Prometeste dizer-me quando o sentimento deixasse de existir e até agora não me disseste nada. Isso é bom, acho eu. Ou se calhar não.
Se calhar o teu medo de me magoares é tão grande, que depois não me conseguias olhar nos olhos.
Mas não tenhas medo, se é isso que te impede. Preparei-me para o pior, mas más noticias são sempre más noticias. Diz-me só.
Eu sei que o processo é lento, mas eu própria já me sinto a ser substituída aos bocadinhos. Dói um pouco.
Espero que sejas feliz, a sério que sim. Espero que não te escondas de mim, porque como já disse, a distância mata-me.
Diz-me só em poucas palavras.
Estava prestes a dizer que prometo que sorrio por ti. Choro só por mim, sem ninguém ver.
Mas não disse. Vou só pedir que não me esqueças ainda. Nem hoje nem nunca, se isso não é pedir muito.


terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

fuga

A ausência por vezes, não tem uma razão concreta.
Baseia-se em momentos de fuga e de necessidade de espaço.
O meu objectivo não era fugir, porque eu própria criei este refúgio numa tentativa de fuga, porque às vezes as palavras tornam-se cruéis ou sentimentais demais.
Precisei de espaço, daqueles com oxigénio e sem vida social. Daqueles raros, que por vezes só existem no nosso quarto ou na nossa própria cabeça.
Mas ainda não percebi o porquê desta minha fuga. Fugir de quê, se a minha vida está minimamente perfeita ? Talvez fugir dos monstros que se escondem na minha cabeça aos quais não poderemos escapar nunca..
Mas acho que já voltei, talvez um pouco mais amarga a nível sentimental, porque há coisas que não se dizem nem escrevem. E é dessas coisas que estou a sentir agora.
Não digo. Não escrevo. Apenas sinto.