
Há quem queira iludir-se no amor eterno, perfeito e feliz. Há quem prefira acabar as histórias com a típica frase "E viveram felizes para sempre" para conseguirem dormir melhor à noite.
Os pessimistas, vivem afogados na amargura de que nada pode correr certo e culpam o próprio destino por serem pessoas tão desgraçadas e preferem não mudar a lógica quando as coisas boas finalmente acontecem. Escondem-se.
Suponho que estas são as opções mais fáceis, menos imprevisíveis. As que doem menos.
Mas às vezes, a dor vem por bem para quebrar a rotina daqueles optimistas. E o agradável dá uma segunda oportunidade a quem não se sente realmente feliz. É aqui que existe uma mistura dos dois, o intermédio, o mediano. O verdadeiro.
É aquele que sabe ter esperanças quando elas existem e extingui-las para que no fim a dor não seja maior.
Ser realista é ser responsável e minimamente inteligente para saber adequar expectativas à realidade.