sábado, 20 de agosto de 2011

ser feliz sozinha.

Que é feito dos solteiros felizes que se vêem nos filmes ?
Alimentam-nos com demasiadas comédias românticas que até chegamos a crer que só somos felizes se vivermos uma coisa igual às que vemos.
É tão bom poder dizer que a minha felicidade não depende de um amor temporário e transitório, que no fim acaba por não valer a pena.
E é triste que só valorizem a parte romântica do amor. Mas o amor tem mil caras, mil caminhos e mil sabores. Porque é que nos limitamos a vesti-lo com a nossa suposta "cara-metade" que nunca dura o tempo que idealizamos?
Será a nossa sociedade assim tão ingénua e limitada ou o problema está em pessoas como eu que acreditam que o amor tem um prazo de validade ?
Estou sinceramente cansada de sobreviver a ideias destas.
Acho que poucas pessoas conseguem saborear e usufruir da solidão encantadora do lado não-romântico da vida. Mas digo-vos que é cativante e libertador. E suficientemente confortável para viver bem assim.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

relações restauradas

Local usual como um panorama de cinema; companhia nostálgica. Uma tarde passeada por caminhos antiquados sem fugir a uma rotina doce. Boa, para comemorar os bons velhos tempos entre amizades retraídas que o tempo sufocou.
A afeição é uma coisa ruim. Agridoce.
Um silêncio feliz era uma música cantada ali, num banco de jardim.
E senti-me preenchida por um ambiente nobre, denso e lento. Porém, perfeito.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

regresso

Cheguei do fogo quente e entusiástico que vivia debaixo de uma azul e notável manhã e que queimava a noite pintada de estrelas.
Ergui o meu corpo após uma viagem irreal. Soube a sonhos e a verão..
Tornei-me transparente de espírito e vesti-me de ventos francos e felizes.
Será de mais dizer que me apaixonei pela dolorosa distância de casa? Será demais dizer que talvez, num mundo paralelo, num mundo abstracto, aquela poderia ter sido a minha genuína casa?
Mas regressei daquela droga viciante, daquele tal mundo abstracto.
E feliz voltei à minha rotina de uma vida bem sucedida, que por momentos tinha esquecido que me assenta que nem uma luva.
Foi bom ter ido, mas é ainda melhor ter voltado.