domingo, 30 de outubro de 2011

resumindo..

Não estou em condições de planear nada. Não encontro tempo de actualizar os meus estados de espírito em promessas verbais... Estou casada com uma meiga existência de ocasiões felizes e é assim que defino o meu estado civil.
Vou sobrevivendo a um mundo que torna o amor dispendioso, a fé em alvo de críticas e a generosidade em desperdício.
Escolhi não me afeiçoar à desilusão que as pessoas se têm vindo a tornar, pois o meu objectivo não é fazer da minha vida uma mágoa quando ela está, e estará sempre, sujeita a ímpetas dores.
Por muito tentada que esteja, não me vou prender a um sossego que invento nem a um encanto mentalmente permanente, que me faça cair num saboroso engano da vida.
Vou apenas vivê-la como ela é. Imprevisível.
Só a minha inútil inquietação se prolonga, mas abandoná-la será brevemente considerada uma opção.
E se porventura não conseguir vencê-la, nunca me irei juntar a ela.
Porque a dignidade é o único pedaço de mim que não envelhece.