sexta-feira, 17 de junho de 2011

bom dia

É verão e está calor lá fora. Sabe bem andar descalça pela madeira fria, e deixar o ar fresco entrar no meu quarto..
"Bom dia".
Agora que tenho todo o tempo do mundo, o ambiente é oportuno para transpôr os meus sentimentos para um papel. Sim, tudo aponta para isso.
Mas demorei algumas horas para escrever como te deixei, injustamente para ti, legitimamente para mim.
Meu amor, como o mundo é demasiado severo depois de abrires os olhos, isolado dos outros..
Bem-vindo ao vagabundo lado daquilo a que chamamos amor.
Por isso, à medida que olho para o céu azul perfeito..despeço-me de ti.
Por favor vai, e não voltes para me ver. E se o fizeres, fá-lo durante a noite, para eu já não ter tempo de sonhar contigo.

sábado, 4 de junho de 2011

dor oculta

Custa-me ser assim frágil contigo; ser primavera branda e suave.
Talvez merecesses culpa, ou o cansaço que te matava em poucos instantes. Ou merecesses dias de chuva desgastantes dentro de ti. Merecias tudo menos a primavera que te sou.
Mas eu já não te sei ser fria...
Já não te sei ser nada que não os teus sonhos..
Não me digas adeus. Mostra-me só os teus olhos como janelas do teu sofrimento.
E mostra-me os teus arrependimentos escritos nas tuas mãos, enquanto expiras os teus sentimentos cinzentos.
Mas não me digas adeus.
Fica comigo. Hoje não me quero ir embora.