sábado, 30 de janeiro de 2010

Goodbye.

Ontem amei-te, hoje já não te amo.
É simples, não é ?

O teu turno acabou. Apaga as luzes e arruma as tuas coisas.
Esta é a parte em que vais embora, e eu fico a ver.
Fico a ver os teus passos lentos, ainda com alguma esperança. Tu não queres ir, mas mesmo assim não olhas para trás. Não olhas para mim nem uma última vez.
Custa um bocado, mas é assim que tens de fazer. Foi assim que eu te pedi.
O teu turno acabou. E não te preocupes, que eu não te esqueço.
Não te esqueço nem por um segundo.

Para a minha irmã


Para a minha irmã, que apesar das nossas enormes diferenças, nada até agora nos fez sentir tão iguais...


-Senta-te aqui ao meu lado. Neste banco de jardim (...) Agora já não me sinto sozinha. Já não tenho medo aqui ao teu lado, irmã.

Enquanto o Outono caia e o vento dançava à nossa volta, o silêncio era uma música de fundo.
Era bom, mesmo bom.

-Não fujas de mim. Não partas nunca da minha beira. Vamos ficar aqui o tempo que for preciso...

O sorriso dela mudava completamente tudo. O vento parou dando lugar a um sol, que embora fosse pouco, era quente o suficiente para nos aquecer.

-Se fores embora, diz me. Mas não demores ao fazê-lo, porque essa é a parte mais difícil. Sê directa e não chores, por favor. Odeio despedidas. E se isso acontecer...quero que saibas que és a melhor irmã do mundo.
Ela abraçou me durante muito tempo. O tempo suficiente para eu me aperceber de nunca a iria perder.
E ela respondeu-me. Ao ouvido disse-me: "Eu amo-te, irmã. Hoje e sempre."

E fiquei sentada naquele banco de jardim, feliz, pois sabia que nada no Mundo era mais certo do que aquelas palavras. E que jamais iria encontrar uma amizade assim...Uma irmã assim.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Saudade.

No fim, tu não me deste nada... apenas saudade.
Metade de mim ficou destroçada. A outra metade já ma tinhas roubado.
E essa parte que levaste, bem guardada no teu coração, está bem recheada de sentimentos.
Não toques na ferida outra vez. Nem sequer tentes tocar nesse bocado de mim, que agora frágil, ainda te ama dolorosamente.
Sabes...esperava muito de ti. Sempre foste o meu porto de abrigo, parte de mim que nunca pensei perder.
Já devia saber que nada é como nos filmes. Mas tu cegaste-me... Fiquei incapaz de ver a verdade. Que este destino, na verdade, se chama PURO ACASO.
Admite que vais ter saudades minhas; que não fui só mais uma... Admite que me amaste! Só preciso disso.
Diz-me que um dia, me vais devolver essa minha metade cravada em ti. E quando ma devolveres, manda-me juntamente um cartão com os teus sinceros pedidos de desculpa e uma flor. Uma flor qualquer, só para ter o prazer de a desfazer. De desfazer algo teu. Acho que não estou a pedir demais, pois não ?
Porque não me sorriste, nem agradeceste.
Por tudo o que fiz por ti, apenas me deixaste um vazio. Um vazio que nem um bom filme cura. Nem um bom livro; nem chocolate. Um vazio que dói mesmo muito e me deixa um sabor picante na boca e um nó na garganta que me impedem de chorar, pois nem sequer tenho forças para isso.
Consumiste-me demais.
No fim tu não me deste rigorosamente nada...

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Domingo.




Hoje é Domingo. E eu odeio Domingos. Domingo significa que amanhã é segunda-feira e eu não me dou bem com segundas-feiras de manhã. É Domingo e está a chover.
Hoje preciso de um abraço. Os Domingos fazem me sentir carente. Preciso de carinho e de beijos. Preciso de todo o tipo de afectos. Quero-me agarrar a algo. Mas nao posso. É domingo e estou sozinha. Preciso de contar algo a alguém, conversar.
Preciso de me rir. Bem alto.
Preciso de ouvir histórias.
Preciso de passear. Mas é Domingo e está a chover.
Hoje não preciso de nada, preciso de tudo. Preciso de dar a mão a alguém.
E preciso de silêncio. Porque o silêncio grita-me a verdade. E eu quero a verdade. Preciso dela.
Preciso de um ombro amigo. Mas é Domingo. E os Domingos tiram-me tudo.
E quero voar sem razão aparente. Porque preciso disso. Preciso de me sentir bem.
Preciso de alguém bem maior que eu. Preciso de chocolate ou simplesmente de dizer um olá. Não sei. Preciso de algo que me preencha. Acho que preciso de ti. Mas é Domingo. Não tenho nada. Apenas a minha vontade de te ter comigo outra vez.
É Domingo e eu vejo pela primeira vez alguma esperança na Segunda-feira.
Será um dia melhor (?)