sábado, 30 de janeiro de 2010

Para a minha irmã


Para a minha irmã, que apesar das nossas enormes diferenças, nada até agora nos fez sentir tão iguais...


-Senta-te aqui ao meu lado. Neste banco de jardim (...) Agora já não me sinto sozinha. Já não tenho medo aqui ao teu lado, irmã.

Enquanto o Outono caia e o vento dançava à nossa volta, o silêncio era uma música de fundo.
Era bom, mesmo bom.

-Não fujas de mim. Não partas nunca da minha beira. Vamos ficar aqui o tempo que for preciso...

O sorriso dela mudava completamente tudo. O vento parou dando lugar a um sol, que embora fosse pouco, era quente o suficiente para nos aquecer.

-Se fores embora, diz me. Mas não demores ao fazê-lo, porque essa é a parte mais difícil. Sê directa e não chores, por favor. Odeio despedidas. E se isso acontecer...quero que saibas que és a melhor irmã do mundo.
Ela abraçou me durante muito tempo. O tempo suficiente para eu me aperceber de nunca a iria perder.
E ela respondeu-me. Ao ouvido disse-me: "Eu amo-te, irmã. Hoje e sempre."

E fiquei sentada naquele banco de jardim, feliz, pois sabia que nada no Mundo era mais certo do que aquelas palavras. E que jamais iria encontrar uma amizade assim...Uma irmã assim.

Sem comentários:

Enviar um comentário