
Olhar para aquilo que antes tinha tanta vida, tanta felicidade. Dói. Dói mesmo.
Apetece-me fugir para o ontem. Voltar para aquilo que me alimentava uma boa disposição.
Agora está tudo tão quieto... Agora não há ninguém. Só eu e esta vontade de reflectir.
Esta nostalgia percorre-me a alma. Domina-me por completo.
Sinto-me frágil, como se fosse um pássaro incapaz de voar.
Piso aquilo que costumava ser o meu tudo e que agora é o meu absolutamente nada.
Quero provar disto tudo outra vez. Voltar a preencher este vazio.
E enquanto o imagino, foco esse tal vazio.
É tão digno de algo grande. Digno de um grande final feliz.
Mas eu sou fraca, não posso dar finais felizes a ninguém, nem mesmo a mim própria. Por isso é que acabo sempre com estas nostalgias que me fazem por vezes mal. Por vezes bem.
Continuo a olhar em redor. Ouvir vozes que despertam algo de muito antigo em mim. Que despertam algo de muito bom em mim.
E olhando-me, vejo que mudei. Sou uma estranha que habita no meu corpo. Consegue ser pior do que imagino.
Quero o ontem.
Provar disto que nem sequer tem um nome; que não se explica.
Quero sentir-me em mim, outra vez.
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