quinta-feira, 15 de abril de 2010

Wondering

Está frio. E enquanto caminho e o vento seca as minhas lágrimas e o sol me abraça tão levemente... tão calorosamente, eu pergunto-me.
Pergunto-me se é assim tão difícil odiar-te pelo que és. E odiar-te pelo que não és.
Não é uma coisa que se aprende rápido, nem que diz num livro qualquer...
Odiar-te requer tempo e cuidado.
Não te quero odiar de uma forma qualquer, como se fosses apenas alguém que tem um nome.
Quero odiar-te como se odeia alguém que embora tenha nome, ninguém o saiba definir.
Não sei mesmo.
Nem sequer sei qual é o melhor adjectivo para te descrever. Monstro, anormal... não faço ideia.
E pergunto-me porque é que é tão fácil adorar-te. Com todos os defeitos que vejo em ti, continuo a ver-te como algo positivo.
Se calhar adoro os teus defeitos.
Se calhar o amor é algo tão ruim, que nem mesmo uma alma inteligente o sabe descrever...
Cansas-me. Odeio adorar-te.
És como a matemática que eu não suporto. E consegues ser como o Verão, que eu tanto desejo...
Ainda está frio. E enquanto caminho e as nuvens cobrem o céu e a minha cara, que agora seca, é lavada novamente com lágrimas, pergunto-me.
Pergunto-me se vales a pena. Se não passas de um desperdício de tempo e de algo que me vai saturando e agoniando a alma à medida que este passa.
Pergunto-me se isto alguma vez vai acabar.

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