Adormeci em Nova York, ao som das buzinas dos táxis amarelos e das pessoas que por aquelas ruas passavam. Era música para os meus ouvidos.
Adormeci em Nova York iluminada por todas aquelas luzes que vinham do exterior e que me ofuscavam os olhos, de tanto olhar para elas.
Adormeci em Nova York, tão longe de casa, tão longe de mim própria, tão perto do Paraíso.
Adormeci em Nova York, com a melhor sensação do Mundo, com o maior sorriso alguma vez sorrido. E pedi um desejo.
Desejei sentir-me assim por mais mil anos. Não. Mil não... talvez 500 anos fosse o suficiente para guardar aquilo para sempre comigo.
Adormeci em Nova York, no meio de todas aquelas almofadas, no meio do barulho das buzinas e das pessoas. No meio do tudo e do nada, ao mesmo tempo.
E acordei num sitio completamente diferente. Onde o único barulho que se ouvia era o do silêncio que enchia o meu quarto. E a janela não era assim tão grande, nem valiosa.
Acordei tão perto de casa, tão perto de mim própria, tão longe do Paraíso.
Talvez aqueles dias sejam suficientes para guardar aquela sensação para sempre comigo...
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